Hoje tive vontade de saber mais sobre a cultura indígena no parto, tendo em vista que estamos planejando um parto domiciliar humanizado e ativo! Ufa.. Tudo isso para ser mais simples: Parir em casa com a presença de minha família e o acompanhamento de uma parteira e eu escolho a melhor posição para parir - como as índias!
Você pode ouvir outras pessoas dizerem ou até mesmo achar: "Isso é uma loucura, coisa de índio!", bem loucura não é...pois parir é um ato natural, seja na maternidade, em casa, na rua, na mata...! E coisa de índio é elogio, tendo em vista que a cultura indígena vê no parto um momento sagrado e parte do ato sexual - Coisa que muitos casais precisam considerar neste período.
Para os índios brasileiros o papel do Pai é de suma importância, sendo reconhecido seu papel ativo em todo gestar, parir e pós-parto, acreditam que a criança é fruto apenas do pai, a mãe só empresta o ventre.
Alguns pontos que chamaram atenção:
- Assistem a mulher parir e se há demora para a expulsão massageia-lhe o ventre;
- Corta o cordão umbilical;
- O cuidado do recém-nascido é do pai;
- O pai fica na oca até o resto do cordão cair, isto se dá entre o 7º e 8º dias.
Em nossa sociedade o papel do pai fica muito limitado à ansiedade e medo do desconhecido.
Porém existem iniciativas que propõem a participação ativa do pai no parto, acredito que deve ser estimulado pelo profissional que acompanha a gestante, se este sentir um distanciamento do pai ou mesmo medo deve desmistificar e encorajá-lo a participar ativamente da gestação.
Dona Prazeres (parteira/comadre) intimou meu marido a participar do parto e ressaltou que faz parte de nossa relação sexual "- O homem é a força" - Ela afirmou.
Ele tinha receio e acredito que antes da visita a Dona Prazeres ele não pretendia ter um papel ativo no parto, como ele teve, os parceiro também precisam se inteirar e se envolver pois a gestação é do casal e antes de saber o que é parir ele não pretendia participar, mas agora não imagino este momento sem ele ao meu lado me dando o apoio e a "
força" que irei precisar.
Ela também o orientou quanto ao acompanhamento do bebe, seus batimentos cardíacos ,conversar com ela...
Nossa essa criança reconhece a voz do pai! é emocionante....Ela ainda frisou que ele não podia me aperriar, ter paciência, não me deixar chorar e sempre ser carinhoso.